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domingo, 26 de setembro de 2010

CIDADE NOVA: A NOVA CIDADE DA POLÍCIA . . .

Cidade da Polícia a caminho




Complexo que vai abrigar todas delegacias especializadas será inaugurado em maio e será o primeiro passo para a pacificação das favelas de Manguinhos e do Jacarezinho. Obras iniciadas no dia 15 vão custar mais de R$ 40 milhões

POR MAHOMED SAIGG
O DIA


Rio - O vai-e-vem dos viciados e traficantes armados que circulam livremente no encontro das avenidas dos Democráticos e Dom Hélder Câmara está com data para terminar. Desde o dia 15, cerca de 50 operários trabalham num grande terreno, vizinho às favelas do Jacarezinho e de Manguinhos, para erguer a Cidade da Polícia. A data de inauguração já está marcada: maio de 2011.





Construído numa área de 41,6 mil metros quadrados, o conjunto de prédios vai abrigar todas as delegacias especializadas. “E será o primeiro passo rumo à pacificação dessas comunidades”, garantiu o governador Sérgio Cabral, que prometeu levar as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) para a região “muito em breve”.



Imagens da maquete eletrônica da Cidade da Polícia, obtidas por O DIA com exclusividade, revelam os detalhes do projeto que vai custar R$ 40.190.734,36 para o estado. Dividido em seis blocos, o complexo abrigará 14 das 25 delegacias especializadas do Rio. As unidades — que terão o número de policiais reduzidos para, no máximo, 25 homens cada — dividirão o espaço de 8.840 metros quadrados do pavilhão principal, que terá ainda uma moderna Central de Armas.



O local também vai sediar as as Unidades de Monitoramento e Inteligência da corporação, a Core (Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil) e uma sofisticada Central de Flagrantes





Dividido em seis blocos, o complexo abrigará 14 delegacias especializadas. Haverá área de convivência, com cafés e uma praça de alimentação, e estacionamento com 1.181 vagas
Fotos: Divulgação

Na Cidade da Polícia, os agentes contarão ainda com uma Unidade de Treinamento. Com 4.856,31 metros quadrados, ela terá até uma favela cenográfica, usada para simular situações reais de confronto.



“Também vamos climatizar todas as salas, construir uma extraordinária área de convivência, com cafés e uma praça de alimentação, e uma quadra de esportes para o lazer dos policiais”, detalha o presidente da Empresa de Obras Públicas do Estado (Emop), Ícaro Moreno, que comanda das obras da Cidade da Polícia.



Demolição



De acordo com Ícaro, a primeira fase da obra consiste na demolição de parte das estruturas existentes no terreno. No local, funcionava a antiga gráfica da Souza Cruz, que doou o espaço para o Estado.



“Optamos por demolir apenas parte da estrutura existente no terreno para economizar na obra. Mas teremos que adaptar essas estruturas, construindo paredes e lajes num galpão metálico que existe aqui, por exemplo. Os muros que existem ao redor do terreno vão permanecer”, explica.



Falta de vagas no estacionamento não será problema na Cidade da Polícia. Ao todo, serão 1.181 lugares disponíveis para veículos comuns, especiais e até de caminhões. Isso sem contar o heliponto que será construído no local.



Segurança para a região é objetivo



Entusiasmado com o início das obras, o chefe de Polícia Civil do Rio, delegado Allan Turnowski, não esconde os motivos que levaram à escolha do local para a construção da Cidade da Polícia. “Nosso objetivo é levar segurança para aquela região”, afirma o delegado.



Questionado sobre a preocupação com a segurança dos policiais que vão trabalhar no local, Turnowski é enfático. “Se chegarmos ao ponto em que a polícia não quiser ir para lá, como é que fica o cidadão de bem?”, questiona o Chefe de Polícia.



Advertência



A proximidade de favelas e áreas dominadas por criminosos aumenta os riscos de ataques promovidos por bandidos contra as unidades policiais. No entanto, o fato de que nenhum dos prédios da Cidade da Polícia terá janelas com vidros à prova de balas não preocupa o chefe de Polícia Civil do Rio, Allan Turnowski.



“Se fizerem algum disparo contra nossos prédios terão resposta imediata. Então é melhor não atirar”, adverte o delegado, ao ser questionado sobre os riscos de traficantes de Manguinhos e do Jacarezinho atacarem o complexo.