GOLPE NOS IDOSOS . . . C U I D A D O !

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VAMOS BUSCAR !

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sábado, 21 de agosto de 2010

JUSTIÇA DO RIO FAZ MULTIRÃO: " CHEGA DE APANHAR MULHER, DENUNCIE O COVARDE ! "

Justiça faz mobilização para buscar em casa mulheres que sofreram violência

Mutirão localiza vítimas que não iam ao tribunal



Rio - Justiça em casa. A preocupação das magistradas do 1º Juizado de Violência Doméstica, no Centro, Adriana Ramos de Mello e Anne Cristine Scheele Santos, com a ausência de vítimas da violência nas audiências, inaugurou uma nova forma de apoio às mulheres. O Tribunal de Justiça mobilizou ontem carros, oficiais de Justiça e agentes que trabalham na segurança da instituição.



O grupo percorreu 13 bairros e localizou 13 vítimas. Duas delas confirmaram que não compareceram às audiências porque estavam sendo pressionadas pelo agressor. Outras alegaram que não tinham com quem deixar os filhos. “Se ficar comprovado que realmente houve coação, as juízas vão analisar a repercussão dessas condutas no processo”, disse a desembargadora Cristina Tereza Gaulia, coordenadora da Comissão Estadual de Violência Doméstica do Poder Judiciário.



O trabalho de busca às vítimas que não comparecem à Justiça vai continuar em outros juizados. “O próximo será o de Campo Grande, na Zona Oeste, que tem 6 mil processos em tramitação”, anunciou a desembargadora.



Desde maio, toda sexta-feira há mutirão no 1º Juizado de Violência Doméstica, onde tramitam 10 mil ações. A cada sexta-feira são realizadas 100 audiências no 1º Juizado. “Reestruturamos ainda o cartório. O nosso maior objetivo é inaugurar um novo modelo no estado de atendimento à mulher”, afirmou Cristina Tereza.



A desembargadora anunciou que será inaugurado outro juizado que dividirá os processos com o 1º Juizado. “A demanda é grande e a Alerj já autorizou a criação de outro. O mutirão é para agilizar as ações e esperamos até o fim de setembro reduzir o número de ações para 6 mil”, informou ela.



Reportagem de Adriana Cruz e Ricardo Villa Verde
O DIA


TORTURA CONTRA MENORES - ATÉ QUANDO VAMOS SER CONIVENTES ?

Tortura contra menores choca e vira rotina no Rio



Lira Fraga, Jornal do Brasil





RIO DE JANEIRO - Três casos de tortura contra crianças vieram à tona nesta sexta-feira no Rio de Janeiro e assustaram a cidade. Em uma das ocorrências, um homem arrancava os dentes da sobrinha para puni-la.



Na comunidade do Chacrinha, na Praça Seca (Jacarepaguá) um homem arrancava dentes da sobrinha de cinco anos alegando que ela era muito levada.



A delegada da 28ª DP (Campinho), Adriana Belém, disse nesta sexta-feira, que vai indiciá-lo por crime de tortura, e a pena varia de 2 a 8 anos de prisão.



– Ele confessou ter arrancado dentes da sobrinha com alicate, queimado a pele e a genitália da criança com faca quente. Ele disse que era para corrigir a menina, porque ela era muito levada– contou a delegada Adriana Belém.



A tia da criança também deverá responder por crime de tortura, só que omissiva, segundo a delegada, por ter omitido as agressões. A pena varia de 1 ano a 4 anos de reclusão.



De acordo com Adriana Belém, o Conselho Tutelar foi acionado, já que os tios tinham a guarda da menina. Provisoriamente, a criança ficará com a mãe.



Em Santa Cruz, uma estudante de 11 anos do 6º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Aldebarã, em Santa Cruz (Zona Oeste) teve ferimentos no rosto, pescoço e braços depois de ser atacada pela mãe de sua colega dentro da escola municipal em Santa Cruz enquanto a professora estava ausente.



A menina foi socorrida no Hospital Estadual Pedro II e depois levada à 36ª DP (Santa Cruz). A agressora, Vanessa da Silva fugiu e é procurada pela polícia.



Em Nova Iguaçu, na Baixada, uma mulher foi presa e indiciada por maus tratos por espancar o filho de nove anos. A criança tinha marcas nas costas, na nuca e no quadril.



Policiais do 20º BPM (Mesquita) foram chamados pelos vizinhos, que quase lincharam a agressora. Segundo as testemunhas, a mãe usou um cano de PVC para agredir a criança.



Eles foram levados para a 56ª DP (Comendador Soares) na quinta-feira.





22:46 - 20/08/2010



RIO COMPRIDO: ÔNIBUS ATROPELA IDOSA

Publicada em 21/08/2010 às 03:57

Idosa atropelada no Rio Comprido é identificada

Flavia Lima
EXTRA




RIO - Foi identificada como Maria Ana Calanca Velloso, 54 anos, a mulher atropelada por um ônibus da linha 110 (Rodoviária-Jardim de Alah), no Rio Comprido, na noite desta sexta-feira.

Segundo a polícia, o acidente teria acontecido por volta de 18h. Maria Ana foi atropelada quando atravessava a rua.

Segundo testemunhas, o motorista não teria percebido e acelerou.

A idosa foi arrastada por cerca de dez metros.



Ao ouvir os gritos dos pedestres, o motorista parou o veículo. Maria Ana foi socorrida por bombeiros do quartel da Praça da Bandeira e levada para o Hospital Souza Aguiar, no Centro, onde está internada em estado gravíssimo.

O caso foi registrado na 6ª DP (Cidade Nova).



quinta-feira, 19 de agosto de 2010

LEONARDO CONDE DE ALENCAR, UM BRASILEIRO REVOLTADO COM O DESRESPEITO AO PODER DE POLÍCIA !

OPINIÃO DE LEITOR



LEONARDO CONDE DE ALENCAR



O GLOBO




Quando a polícia vai deixar de ser motivo de chacota?



Semana passada, no Posto 10, em Ipanema, usuários de maconha fumavam seus cigarros tranquilamente em frente a uma cabana do Choque de Ordem.


Estes, obviamente, viam tudo e nada faziam. Claro que muita gente vai dizer "mas qual o problema, ele só está fumando sua maconha, não está fazendo mal a ninguém, deixa ele lá", ou então a frase clássica "a Polícia tem coisa mais importante pra resolver do que ficar prendendo maconheiro".

 
Só que a discussão não é essa.


Se o fumo da maconha deveria ser crime ou não, essa é uma outra discussão.


O fato para o qual estou chamando a atenção é o deboche à Polícia.


Afinal, se está na lei que fumar maconha é crime, então cumpra-se a lei.


As pessoas têm que parar com essa história de achar que por existirem crimes mais graves para serem combatidos os crimes pequenos deveriam ser ignorados.

São essas mesmas pessoas, inclusive, que vão contra a polícia quando esta combate os "mijões", por exemplo.


Em todo caso, se não há nenhum crime grave acontecendo na praia que justifique que a polícia faça vista grossa à maconha, por que então não dar uma enquadrada nesse pessoal que incentiva e fomenta o tráfico de drogas comprando sua droga?


Quando a Polícia vai deixar de ser motivo de chacota?


ZIRRÊ OU DESIREÉ OU CRACONHA OU CRIPTONITA - A MALDITA MISTURA DE MACONHA COM CRACK !



ESSA MISTURA DO DIABO


ESTÁ INFESTANDO


O RIO DE JANEIRO,


COM A PALAVRA OS DEFENSORES


DA "INOCENTE MACONHA"

 

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

BRASIL, UM PAÍS DE POLICIAS . . . PARA QUEM PRECISA DE POLÍCIA !

SEGURANÇA CARCERÁRIA



Mais uma polícia no país



Congresso discute PEC que transforma agentes penitenciários em corporação.

Tema é polêmico e causou até pancadaria



Renata Mariz
CORREIO BRAZILIENSE







No último esforço concentrado do Congresso Nacional antes das eleições, um acordo entre os líderes partidários pode garantir a votação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) recheada de polêmicas. Prevista para entrar hoje na pauta da Câmara dos Deputados, a PEC n° 308/2004, que transforma agentes penitenciários em policiais penais no Brasil, causou tumulto e até pancadaria ontem nas dependências da Casa. Onze ônibus trouxeram profissionais dos quatro cantos do país para reivindicar a aprovação da matéria. Em outra frente, pelo menos 25 entidades ligadas ao tema da Justiça e dos direitos humanos no país divulgaram manifesto contrário e fizeram contato com parlamentares para dissuadi-los da votação. Ao se encontrarem no Congresso ontem, houve confronto, mas ninguém se feriu. Ao governo federal, que já tornou público seu descontentamento com a proposta, só resta lamentar.



“Já nos manifestamos contrários, mostramos que essa ideia é absurda e representa um atraso institucional. Não existe nada parecido no mundo. Então, se mesmo assim vão votar, fazer o quê?”, resigna-se Airton Michels, diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), ligado ao Ministério da Justiça. Apesar das lamentações, o relator do projeto, deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), garante que existe acordo para aprovar a matéria hoje, com a apresentação de um novo texto. É que a proposta original trazia, além da criação da Polícia Penal, suas atribuições, entre elas investigação dentro das prisões, captura de foragidos e combate ao narcotráfico direcionado às cadeias. “Não havia consenso, então fui procurado por agentes de várias cidades para fazer uma nova redação, que apenas cria a Polícia Penal. O funcionamento será resolvido por lei complementar”, afirma o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), autor do novo texto.



Para Teixeira, que concordava com a redação anterior, a saída foi a possível. “Em busca do ótimo, a gente perde o bom”, filosofa o parlamentar. Não é essa, entretanto, a avaliação do presidente da Associação Brasileira de Ciências Criminais (IBCCrim), Sérgio Mazina Martins. “Se dentro do próprio Congresso não há consenso sobre as atribuições dessa nova polícia, por que criá-la? A questão tem que ser debatida não só com os agentes, em âmbito corporativista. Mas sim com os operadores da Justiça, com as universidades, com as outras polícias.”



João Rinaldo, presidente do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional de São Paulo (Sifuspesp), onde estão quase 30 mil dos 100 mil agentes penitenciários do país, pensa diferente. “Sermos reconhecidos na Constituição nos dará força para exigir uma capacitação melhor. Hoje, o curso que recebemos ao ingressar na carreira é muito fraco”, alega Rinaldo. Presidente do Sindicato dos Técnicos Penitenciários do Distrito Federal, Gustavo Alexim defende a aprovação da matéria, enfatizando que o trabalho seria feito de uma forma melhor. “Hoje, ficamos muito amarrados e dependendo das forças policiais para atividades simples, como recaptura de presos e questões disciplinares”, enumera.







Agentes da lei



Conheça as atribuições das corporações existentes no país:



Polícia Militar



Faz o policiamento ostensivo para prevenir a ocorrência de crimes e manter a ordem pública. Cada estado e o Distrito Federal tem a sua corporação.







Polícia Civil



Tem a tarefa de apurar crimes, por meio de inquéritos, exceto as infrações de natureza militar. Também é ligada aos estados e ao Distrito Federal.







Polícia Federal



Mantida pela União, apura infrações contra a ordem política e social de interesse da União. Ou ainda crimes de repercussão interestadual e internacional. Cuida também do tráfico de drogas, contrabando e infrações tributárias. Emite passaportes e atua nas fronteiras.







Polícia Rodoviária Federal



Faz o patrulhamento das rodovias federais, atuando na questão do ordenamento do trânsito e também no combate ao contrabando, ao tráfico de drogas e à prostituição.



Polícia Legislativa



Trabalha no Senado e na Câmara dos Deputados em atividade ostensiva para manter a ordem e zelar pelo patrimônio. Também apura infrações penais ocorridas nas dependências das duas Casas.







Polícia do Exército



Responsável por zelar o cumprimento dos regulamentos militares. Atua apenas no âmbito das Forças Armadas.







Polícia Ferroviária Federal



Atua no patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.

NOVO RIO: NA PRESSÃO VAGABUNDO ABANDONA DROGA EM ÔNIBUS

Rio


Sacola com seis quilos de maconha é abandonada em ônibus na Rodoviária



JB Online





RIO - Uma sacola com cerca de seis quilos de maconha foi abandonada em um ônibus da Viação Itapemirim, na Rodoviária Novo Rio.

O motorista do coletivo viu quando dois passageiros desceram e abandonaram a sacola.

Ele chamou a polícia, que encontrou a droga.





08:21 - 18/08/2010



terça-feira, 17 de agosto de 2010

BPCHOQUE APREENDE DOIS MENORES COM DROGAS NA CENTRAL DO BRASIL



Enviado por Casos de Polícia - 17.8.2010
17h50m

BPChoque

Dois menores apreendidos com droga na Central

Dois menores foram apreendidos com drogas na Central do Brasil, na manhã desta terça-feira.

Policiais do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) detiveram um menor de 15 anos e outro de 17 na plataforma da estação.

Eles tentavam embarcar num trem para Belford Roxo. Com eles, os PMs encontraram 17 cápsulas de cocaína e três trouxinhas de maconha.

Os dois foram levados para a Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA).


AS DROGAS QUE SE ESCONDEM SOB AS LUZES DA LAPA



Segunda-feira, 16 Agosto, 2010


As drogas que se escondem sob as luzes da Lapa

BLOG  DA  SEGURANÇA O DIA

A Lapa , que abriga tantos eventos, tantas casas de show, tantas histórias curiosas da boemia , antiquários famosos e hoje é a 'menina dos olhos' da cidade do Rio de Janeiro tem um lado que pouca gente conhece e que se esconde dentro das boates, nas ...



esquinas, nos cantos escuros. O consumo e a venda de drogas ilegais é uma constante na noite da Lapa.

Apesar de um trabalho altamente eficiente e elogiável tanto do 13º BPM como da 5ª DP, responsáveis pelo policiamento na área, a agitação da noite na Lapa cria uma demanda irresistível para os traficantes. A vinda das classes A e B para a noite da Lapa não só revitalizou as atividades comerciais no bairro como trouxe em seu bojo um sem número de problemas, sendo o principal deles uma imensa afluência de usuários e traficantes de drogas de todos os tipos.

Acompanhando as levas de pessoas que vêm curtir a noite da Lapa e nela gastar aparece a população de rua para catar latinhas, guardar carros e esmolar. E junto com ela, bem no inicio da revitalização do bairro, vieram os traficantes de crack.

Fazendo um pequeno retrospecto, na Lapa sempre houve um pequeno tráfico de drogas, voltado principalmente para freqüentadores assíduos de alguns botequins e travestis que faziam ponto nas esquinas do bairro. Só nunca ocorreu na proporção que acontece atualmente.



Voltando ao crack e seu tráfico, com a vinda da população de rua, seus integrantes, estimulados por movimentos políticos inconsequentes , como o Movimento Bolivariano, invadiram uma série de prédios públicos na Lapa e uma das conseqüências destas invasões foi a instalação de pontos de venda de crack e cocaína no interior dos edifícios invadidos.Só para se ter uma idéia da proporção que o tráfico no interior destes prédios tomou, na última ação do 13ºBPM no prédio de nº 48 da rua do Riachuelo foram presos três traficantes e apreendidas 500 (!!!) pedras de crack. Até hoje eu não entendi porque o Ministério Público, federal ou estadual, já que os prédios invadidos são em sua quase totalidade de propriedade da União, não responsabilizou civilmente e até criminalmente o Movimento Bolivariano e o Movimento dos Sem -Teto pelas invasões na Lapa. E o movimento de pessoas foi aumentando na Lapa. E novos pontos de venda de drogas começaram a surgir.



Na rua André Cavalcante, um dos principais pontos de venda de drogas, um traficante procurado, conhecido pelo vulgo de 'Lindão', que tinha como principal área de atuação o Estácio e a Cidade Nova tomou conta da venda de drogas na rua e praticamente de duas a três vezes por semana são presos 'vapores' vendendo drogas em plena rua. E aí tem de tudo: crack, cocaína, maconha, ecstasy e 'cheirinho da loló'. A venda de drogas na rua André Cavalcante tomou tal proporção que um policial militar que fazia um 'bico' ( trabalho extraordinário nas horas de folga) como segurança de um posto de abastecimento de combustíveis na esquina da rua do Riachuelo com av. Mem de Sá e que constantemente interferia para impedir que ocorresse venda e consumo de drogas na proximidade de seu 'bico' foi friamente executado pelos traficantes. Após inúmeras prisões efetuadas pelos policiais militares do serviço reservado (PM2) do 13ºBPM , os traficantes da rua André Cavalcante tiveram uma dupla ousadia : postaram em um blog que noticiava as prisões lá ocorridas ameaças explícitas aos policiais militares do batalhão da Pça. Tiradentes e dias depois, após ocorrer mais uma prisão, fuzilaram fria, covarde e sumariamente um recruta do batalhão que em um intervalo tomava um café, desarmado, em um bar no bairro da Lapa.



O consumo de drogas permeia algumas ruas da Lapa. Na rua Joaquim Silva, reduto de bares dos jovens moderninhos, o uso de maconha e cocaína acontece à vista de todos, apesar da rotineira ação das polícias. Na internacionalmente famosa Escadaria de Azulejos a noite transforma-a em um ponto de venda e consumo de drogas intenso. Por toda a escada grupinhos se reúnem em torno das drogas que consomem. O amanhecer nas proximidades da rua Joaquim Silva traz imagens lamentáveis de jovens, muito jovens mesmo, totalmente drogados deixando os cantos da Lapa e seus bares e boates. As levas de jovens levando nos primeiros clarões do dia garrafinhas de água mineral em suas mãos denuncia claramente que o consumo de ecstasy, que requer uma hidratação freqüente e abundante de seu usuário, está 'correndo solto' em algumas casas noturnas da Lapa.

E chegamos ao que acontece e pouca gente vê. A venda e consumo de drogas dentro de algumas boates e casas noturnas da Lapa. Olhos esgazeados, sudorese intensa, visíveis sinais de pânico e paranóia denunciam imediatamente, para quem conhece os sinais, aqueles que estão sob o efeito de uma droga ou outra, ou até várias ao mesmo tempo. Algumas casas noturnas da Lapa, as menos famosas, sobrevivem quase que exclusivamente devido á permissividade com que seus administradores encaram a venda e o consumo de drogas dentro de seus estabelecimentos., o que certamente estimula a freqüência do local para determinado tipo de público. A Polícia Civil deu uma demonstração inequívoca de que isto ocorre de fato na Lapa. Uma grande ação de várias Delegacias, coordenada pela Delegada Titular da 28ª DP, Dra. Adriana Belem, invadiu com mandado judicial uma boate na Travessa Mosqueira, ponto histórico da Lapa, ao lado da Sala Cecília Meirelles e de uma das adegas onde se come uma das melhores trutas da cidade. Dentro da boate centenas de comprimidos de ecstasy, de pontos de LSD e sacolés e pinos de cocaína. Um traficante preso e usuários às pencas apavorados se desfazendo de suas drogas.

A Lapa tem um 'Lado B' que se esconde sob as luzes da noite e dentro dos prédios abandonados. Precisamos conhecê-lo para poder combatê-lo adequadamente e recuperar a Lapa para os cariocas e turistas.



segunda-feira, 16 de agosto de 2010

SEGURANÇA NO RIO: I S P FASHION WEEK DITA COMPORTAMENTO . . .

Enviado por Jorge Antonio Barros - 15.8.2010
13h12m
REPÓRTER DE CRIME

segurança pública

Perito aposentado diz que há manipulação de dados pelo ISP


Se digo aqui que não devemos perder a esperança, também concordo que não podemos perder a visão da realidade que algumas vezes nos desespera. Por isso, publico com satisfação mais um artigo do perito da Polícia Civil aposentado Leví Inimá de Miranda, que manifesta um ceticismo inteligente e digno de nossa reflexão. Na área de segurança, Leví levanta a bola para questão social que deveria vir acompanhando as UPPs desde seu início, mas fiquei sabendo que só esta semana deverá ser apresentado pelo governo um projeto mais consistente sobre o tema. Enquanto isso não acontece, a crítica de Leví é mais do que pertinente. É cirúrgica.



Em seu artigo, Leví Inimá faz uma denúncia grave que infelizmente não tenho elementos para avaliar. Ele afirma que há manipulação de estatísticas pelo Instituto de Segurança Pública.



- Algumas modalidades de crimes estatisticamente diminuíram por manipulação estritamente eleitoreira, e enganosa, do Instituto de Segurança Pública. Assim há homicídios, latrocínios, “encontros de cadáver”, com evidentes sinais de violência externa ou criptoviolência (violência interna), “encontros de ossada”, também com sinais de violência externa ou interna, “autos de resistência”, desaparecidos etc.; mas não são todos computados essencialmente como homicídios. Há, ainda, as tentativas de latrocínio nas quais as vítimas morrem algum tempo depois, em hospitais; todavia, não é feito o aditamento – ou, se é feito, não é computado -, para inclusão nos latrocínios; e estes nos homicídios - afirma Leví.



Eu confesso que prefiro acreditar nos números do ISP, na crença de que alterar números de criminalidade é um crime que sempre acaba deixando o rabo de fora, assim como pesquisas eleitorais forjadas. Mas gostaria muito que o ISP tivesse autonomia suficiente para responder a essa crítica sem necessidade de consultar a Secretaria de Segurança Pública.



Saúde, educação e segurança: tudo como antes no quartel de abrantes



Por Leví Inimá de Miranda, especial para o blog Repórter de Crime


A sordidez da política é insuportável. E o pior é que se torna fácil enganar um povo no qual predominam a incultura, a cultura da desobediência, o desrespeito, a ausência de ética e de moral, além da total ausência de temor às leis. E políticos emergem desse caldo social fétido, pútrido. Sem contar que nossas leis são frágeis e condescendentes, tanto com crimes quanto criminosos. Nenhum dos candidatos, quer para a presidência da República, quer para a governança do Rio de Janeiro, ou mesmo para a ALerj, está compromissado com o bem comum. Nenhum.



Os discursos são ufanos e mentirosos, nas suas essências, visando tão-somente a eleição ou a reeleição para alguns; mas com o claro e insofismável objetivo de enganar o povo. Infelizmente, não haverá futuro para nossa nação com essa corja de políticos, e de partidos, que dominam o mais sujo cenário nacional. Sérgio Cabral teve a “grande” ideia de criar as UPPs, que acalmam e trazem aparente paz às comunidades até então ocupadas. A dificuldade maior tem sido com relação à Cidade de Deus.



Todavia, o poder público jamais conseguirá dominar comunidades com a extensão da favela da Maré ou mesmo como às que compõem o Complexo do Alemão. Cabral e seus assessores na área de segurança bem sabem disso. Somente o povo, pelo geral, não entende; ou não sabe; ou não se interessa por saber; ou a incultura não lhe permite discernir. Claro que pobreza não tem qualquer relação com a criminalidade e isso já está por demais comprovado, tendo-se como base obras de Émile Durkheim e também de Gary Stanley Becker.



Não se pode negar que, muito embora haja comunidades dominadas por UPPs, o poder público ainda não levou qualquer melhoria social àquelas populações (atendimento de saúde; saneamento básico; etc.). São bolsões de pobreza que necessitam da presença social do Estado. Certa vez li que quatro tópicos permitiram a sobrevivência da humanidade: vacinas; antibiótico; saneamento; e anestesia – vale à pena meditar sobre isso.



Mas como se fazer presente socialmente em tais comunidades, se à população fluminense falta de tudo, em especial nas áreas mais críticas e imprescindíveis, como as que são tão “bem” exploradas nos discursos demagógicos e eleitoreiros de candidatos vários: educação; saúde; e segurança pública. A educação continua de péssima qualidade, em especial a ofertada pela rede pública. Na rede privada poucos são os estabelecimentos de ensino efetivamente compromissados com o ensino de superior qualidade. E, diga-se de passagem, no meu tempo de estudante, estando eu hoje na sexta década de vida, e nos idos de meus pais, meus avós etc., o ensino público era de qualidade; e só iam para a rede privada os alunos jubilados na rede pública. A seleção de professores e os salários pagos são muito ruins. E hoje o que temos? Temos uma quantidade infinda de escolas de ensinos fundamental e médio – públicas e privadas -, e de universidades “mis” (ou “miles” para alguns estudiosos outros), que, a cada semestre, despejam um sem número de profissionais mal-formados, muitos, inclusive, alfabetizados funcionais.



E nesse viés, temos cada vez mais profissionais de péssimas qualidades e incompetentes nas essências, a ocuparem as escassas colocações no mercado de trabalho. E faltam empregos; faltam habitações; etc. E quanto à saúde? Temos uma rede pública de péssima qualidade, deficiente, ineficiente, na qual os pobres se acotovelam às portas dos hospitais, e alguns, inclusive, morrem nas filas, ou mesmo em macas nas emergências, ou até mesmo nas enfermarias desabitadas de médicos. Não há suporte suficiente, em termos de exames complementares diagnósticos, pois faltam equipamentos, materiais, medicamentos e profissionais de saúde. Os profissionais de saúde, em nosso Estado, estão sem aumentos há cerca de nove anos; e os salários são desprezíveis de tão baixos. Os governos se sucedem e não há solução para tamanhos descalabros. Verbas há; no entanto, na grande maioria das situações, são malversadas por corruptos, que enriquecem às custas da desgraça do povo mais necessitado e desvalido. E inúmeros políticos, e também autoridades públicas, amealham dinheiro espúrio, fruto de artimanhas corruptas e desvios de verbas públicas.



A rede privada - entendam-se os planos de saúde - é acessível à pequena parcela da população – estimam-se em 20% aqueles que têm planos de saúde -, que pode arcar com os gastos, ou tem empregos que ofertem planos-empresas aos funcionários. Mas assim mesmo há mau atendimento, profissionais por vezes incompetentes, falta de profissionais etc. Basta que relembremos o que se deu nos jogos Pan-americanos (2007) com a morte do paraatleta argentino Carlos Maslup. Esse medalhista argentino no tênis de mesa foi atendido inicialmente na Vila Olímpica, levado pelo GSE/CBMERJ ao Hospital Municipal Miguel Couto (HMMC); e de lá transferido para o Hospital Municipal Salgado Filho, por falta de vaga no CTI do HMMC. O ocorrido gerou grande celeuma à época, com veementes protestos do Instituto Brasileiro de Defesa dos Deficientes, que apontou o fato dos atletas do PAN-RIO terem recebido atendimento de empresa privada de medicina de grupo, ao tempo que os paraatletas tiveram “direito” somente ao atendimento na rede pública. Ou, se olharmos para fato atualíssimo, teremos o caso da recém falecida menina de cinco anos, que foi atendida por falso médico, num hospital particular do Rio de Janeiro, através de plano de saúde.



Quando Cabral assumiu o governo do Rio de Janeiro, nos primeiros dias foi, juntamente com o secretário Sérgio Cortes, ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, e exonerou o diretor daquela unidade hospitalar porque faltavam especialistas. E até hoje faltam especialistas vários em muitos e tantos hospitais públicos, bem como o atendimento médico é vergonhosamente realizado por médicos cooperativados. E mesmo no terceiro milênio, ainda se morre de Dengue em nosso Estado.



E o que dizer da segurança pública? Temos segurança? O Estado nos garante os direitos de ir, de vir e de permanecer? O Estado se responsabiliza opor nossa incolumidade? Não. Óbvio que não. Mas a criminalidade diminuiu realmente? Também não. Algumas modalidades de crimes estatisticamente diminuíram por manipulação estritamente eleitoreira, e enganosa, do Instituto de Segurança Pública. Assim há homicídios, latrocínios, “encontros de cadáver”, com evidentes sinais de violência externa ou criptoviolência (violência interna), “encontros de ossada”, também com sinais de violência externa ou interna, “autos de resistência”, desaparecidos etc.; mas não são todos computados essencialmente como homicídios. Há, ainda, as tentativas de latrocínio nas quais as vítimas morrem algum tempo depois, em hospitais; todavia, não é feito o aditamento – ou, se é feito, não é computado -, para inclusão nos latrocínios; e estes nos homicídios.



Mas o que há de comum entre latrocínios, autos de resistência e tudo mais? Homicídios, que deveriam ser, corretamente, computados. No entanto, são separados dos intitulados homicídios dolosos, para obterem números e percentuais menores (?!). E assim se sucede com relação aos furtos, roubos etc. E as polícias andam bem? Não. As polícias encontram-se corroídas pela corrupção; e a corrupção é mau exemplo vindo de cima... Os efetivos de nossas polícias civil e militar estão defasados (1 policial para cada 250 habitantes, segundo a ONU); assim como o efetivo de peritos está aquém do necessário (1 perito para cada 5.000 habitantes). Os salários de nossas polícias são vergonhosamente baixos, reduzindo assim a autoestima a zero, uma vez que o policial não consegue tirar o provento, fruto de seu trabalho – e a sociedade pouco se importa com isso. Sem contar que a seleção, a investigação social, a formação, o treinamento, a reciclagem (educação continuada) e o controle interno (Corregedorias) são ruins; de sofrível qualidade. Daí, temos profissionais, vários, incompetentes.



Causam-me incômodo e inconformismo ver a péssima qualidade de profissionais, em especial na área da Ciência Forense. Recentemente, assisti a dois depoimentos prestados por peritos, em juízo, que ao longo das perguntas de advogado e MP, mostraram dúvidas primaríssimas, desconhecimento de seus próprios ofícios e evidentes inseguranças com relação às questões mais claras e objetivas. Peritos antigos, com quase duas décadas de investiduras; porém flagrantemente incompetentes. Daí, pode-se bem discernir o porquê de diversos exames de corpo de delito em nada contribuírem para o esclarecimento de crimes, restando, v.g., tantos homicídios sem autoria definida. Muitos delegados de Polícia sequer comparecem aos Locais de Crime, em cumprimento ao que prescrevem os Arts. 6º e 169 do CPP; e, por vezes, nem se encontram em seus plantões nas delegacias. E faltam delegados, o que obriga a fecharem inúmeras delegacias à noite, restando, apenas, as ditas “delegacias centralizadoras”, para registros de flagrantes.



A investigação é pecaminosa, dando ênfase e claro empenho aos casos de repercussão midiática. Basta que comparemos o comportamento da mesma polícia, nos casos dos assassinatos de Rafael Mascarenhas e da dona de casa são-gonçalense, Andréia dos Santos; ou mesmo os descasos da polícia e do MP com relação às agressões sofridas por Elisa Samudio, até que ela desapareceu; que foi assassinada. Quero salientar, aos desavisados e aos desatentos, que minhas opiniões não se predem a qualquer conotação política, posto que não sou de esquerda, ou de centro, ou direita, ou coisa que o valha; sou essencialmente apolítico; e somente compromissado com a ciência e com a verdade.



Não perdi meu tempo – e não perderei, jamais – assistindo debates políticos ou programas eleitorais, pois abomino-os todos. Por fim, restam claros quais serão os candidatos vitoriosos aos cargos de presidente da República e de governador do Rio de Janeiro. E tudo tornará “tudo como antes, no quartel de Abrantes”. Pobre de nós!”



PREVENÇÃO AO DESVIO DE CONDUTA NA POLÍCIA MILITAR

SOBREVIVER A VIOLÊNCIA, TAMBÉM SE APRENDE NAS ESCOLAS . . .





Sindicato de educadores do Rio cria cartilha sobre violência nas escolas

Documento será lançado para professores em seminário.

Agressões contra profissionais motivou produção de orientações.

Patrícia Kappen

Do G1 RJ



A morte do estudante Wesley Andrade, de 11 anos, atingido por uma bala perdida dentro de uma sala de aula em Costa Barros, no subúrbio do Rio, foi um dos motivos que levou o Sindicato dos Profissionais de Educação do Rio a produzir uma cartilha que será distribuída para professores sobre violência nas escolas. Outro motivo foram episódios de agressão de alunos contra professores, como um que aconteceu em 2003, em que um estudante jogou uma cadeira no professor na sala de aula.


O documento, com 16 páginas, traz orientações para casos de violência que vão desde as agressões morais até episódios de violência externa – em que a escola fica situada em área de risco, com frequentes tiroteios durante operações policiais.



A própria cartilha diz que não tem como objetivo “solucionar os problemas de violência nas escolas”. “Trata-se tão somente de propostas e orientações para que escolas se unam contra a política de abandono promovida pelos governos”, sugere o texto.



De acordo com Edna Félix, coordenadora da cartilha, o objetivo é orientar os profissionais de educação a agir em casos de violência e, principalmente, a denunciar casos de violência. “Porque assim a gente pode cobrar medidas dos órgãos responsáveis”, explica ela.



Tiroteio perto de escolas


A cartilha será lançada em um seminário na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) no dia 25 de agosto. “O que nos motivou foi que os profissionais das escolas estavam sofrendo agressões e não falavam nada. Havia uma necessidade de orientar sobre o que se fazer”, disse ela.



Procurada pelo G1, a Secretaria municipal de Educação infomou que desenvolve diversas ações para trabalhar a questão da violência nas escolas. Confira a nota enviada pela secretaria no fim da reportagem.



Edna contou que já foi consultada por professores em casos de tiroteios próximo a escolas: “Profissionais me ligaram para perguntar o que fazer porque a direção disse que daria falta naquele dia para eles e a informação que eles tinham é de que havia uma incursão da polícia com tiroteio perto da escola”.



Uma das orientações que a cartilha dá é que “Se o clima é de tensão, seja por ter havido tiroteio ou porque a comunidade tenha alertado para situação de confronto com a polícia ou entre facções rivais, a escola não pode ter um funcionamento normal. O direito à vida é previsto na Constituição Federal”, diz o texto.



E sugere que a decisão sobre o funcionamento da escola em momentos de risco não possa ficar somente com a direção escolar, sendo criado, portanto um conselho, formado por dois profissionais que morem nas redondezas da escola. Eles fariam, junto com a direção, uma avaliação da situação local a cada ocasião de conflito.



Secretaria de Educação tem programas

A secretaria de Segurança Pública foi procurada pelo G1 para comentar a cartilha que será lançada pelo Sepe. No entanto, até a publicação da reportagem, não houve retorno.



Confira a nota enviada pela secretaria municipal de Educação:



"Em agosto do ano passado, a Secretaria implementou o programa Escolas do Amanhã, que atende mais de 105 mil alunos em 150 unidades localizadas em áreas conflagradas da cidade. O programa tem como objetivo reduzir a evasão escolar e melhorar os níveis do desempenho da aprendizagem nessas unidades, além de fortalecer a relação escola-comunidade. Além disso, em abril deste ano foi instituído o Regimento Escolar Básico do Ensino Fundamental que, entre outras medidas de caráter pedagógico e disciplinar, estabelece normas de condutas para os alunos nas escolas da rede municipal."



"A Secretaria de Educação ressalta também que o novo Regimento Escolar instrumentaliza os diretores e professores e, ainda, valoriza o trabalho deles. Além de nortear o comportamento dos alunos, o regimento resgata a autoridade do professor e faz com que os alunos passem a respeitá-lo mais. Esse documento é um instrumento de trabalho de diretores e professores, para que possam ensinar em um ambiente tranquilo. Todas as medidas adotadas têm como objetivo estabelecer uma cultura de paz e garantir às nossas crianças o direito de aprender e sonhar com um futuro."



"O Regimento Escolar Básico do Ensino Fundamental determina aos estudantes que não será permitido qualquer comportamento de agressão física, verbal ou eletrônica a aluno, professor, funcionário da unidade ou demais representantes da comunidade escolar. Também não será permitido o uso de adereços que expressem insinuações sexuais nas dependências da escola, bem como o uso do celular e de quaisquer aparelhos eletrônicos portáteis nas salas de aula."



domingo, 15 de agosto de 2010

EDUARDO PAES E FERNANDO WILLIAM, INCOMPETÊNCIA NO AMPARO A TERCEIRA IDADE

Faltam abrigos para idosos

Com inquérito concluído, Ministério Público dá ultimato para município criar mais 500 vagas e promete ir à Justiça

POR THIAGO FERES
O DIA


Rio - O Ministério Público (MP) Estadual dará um ultimato ao prefeito Eduardo Paes antes de ir à Justiça para garantir aumento da capacidade de acolhimento dos abrigos municipais de idosos. Há 7 meses, o MP recomendou criação de 500 novas vagas para pessoas da terceira idade e, desde então, vem cobrando que a medida seja colocada em prática.

No período, a prefeitura inaugurou só dois novos abrigos — com 50 vagas, todas já ocupadas —, chegando ao total de 345. Inquérito do MP apontando a insuficiência está pronto e deverá ser levado à Justiça. “A saída deve ser mesmo na esfera judicial”, acredita a promotora de Justiça e Proteção ao Idoso Eliane Belém.





Abrigo de Bangu tem capacidade máxima para 24 idosos, mas está hospedando 30. Camas amontoadas representam risco de acidentes
Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia

“Cansamos de receber relatórios determinando acolhimentos. Não há vagas. O município precisa agir com rapidez”, alerta o também promotor da área Wagner Sambugaro.

Há uma semana, a peregrinação de Antônio Peranci, 90 anos, por um lugar para dormir chamou atenção para o problema. Encontrado pelo tenente do 1º. BPM (Estácio), Leonardo Pacífico, no Túnel Martim Sá, no Centro, passou por 5 instituições antes de chegar ao Abrigo Municipal Dina Sfat, em Bangu, onde permanece.



“Nossa capacidade é para 24 idosos, mas estamos com 30”, admitiu a diretora da casa, Vilma Arruda. Só no quarto masculino, são 17 camas, o que prejudica a circulação e aumenta o risco de acidentes. O Centro de Acolhimento Maria Vieira Bazani, no Recreio, também está superlotado. “Temos 36 pessoas, oito além do limite”, confessa uma funcionária.

Embora a situação em Bangu não seja ideal, Antônio se diz bem-tratado. “Estou bem e feliz. Minha esposa não tinha tempo para mim. Ficava muito sozinho. Desde que cheguei aqui, ela não me procurou”, conta.



O Ministério Público instaurou inquérito para apurar omissão da Secretaria de Assistência Social no caso. O Centro de Recepção Carlos Portela, no Centro, onde Antônio deveria ter passado por triagem, não funciona nos fins de semana.

O subsecretário de Assistência Social, Carlos Augusto de Araújo, prometeu 120 novas vagas até o fim do ano. Ele espera alcançar o pedido de 500 lugares em 2012.



Seis denúncias por dia de violência contra a 3ª idade



Casos de maus-tratos e violência lideram o ranking de denúncias contra idosos, segundo dados do Disque-Idoso da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Com 30% de sua população na terceira idade, é de Copacabana que mais partem os telefonemas para o 0800-023-9191. Centro e Campo Grande são os bairros que vêm logo a seguir. Nos últimos dois anos, foram 2.500 ligações para o serviço, sendo 90% relacionadas a maus-tratos, mais de seis denúncias por dia.



“A maior parte de toda essa violência ocorre dentro de casa. Por isso, muitos acabam deixando seus lares e vão morar na rua”, explica o presidente da Comissão do Idoso, deputado estadual Mário Marques (PSDB). A Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade (Deapti) contabiliza, de janeiro a julho deste ano, 433 registros envolvendo idosos, num total de 4.577 atendimentos. No mesmo período de 2008, foram 355 registros e 3.241 atendimentos. “Estamos numa crescente”, observa a delegada Catarina Santos.