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domingo, 27 de setembro de 2009

UNIDADES PACIFICADORAS: A VERDADE DOS FATOS . . .


R$ 30 milhões por mês em drogas






Mario Hugo Monken, Jornal do Brasil











RIO DE JANEIRO - Enquanto em morros ocupados por Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) como Chapéu Mangueira, Babilônia e Dona Marta, o tráfico ainda ocorre discretamente, sem armas, nas demais favelas da Zona Sul, haveria cerca de 600 traficantes. Eles portariam mais de 200 fuzis, e faturariam, por mês, até R$ 30 milhões com a venda de drogas, segundo estimativas da Polícia Civil.






Mais da metade desse poderio encontra-se na Rocinha. A comunidade, junto com o vizinho Vidigal, dominado pela mesma quadrilha, reúne um exército de 300 homens, que possuem 150 fuzis. As bocas-de-fumo vendem 5 quilos de cocaína por dia. Por mês, de 200 a 400 quilos de pó e 2 toneladas de maconha são “exportadas” para outras favelas dominadas pela facção criminosa Amigos dos Amigos (ADA). O faturamento é estimado em R$ 20 milhões.






– O tráfico em São Paulo é muito mais rico do que no Rio, porque os bandidos paulistas não andam armados. Aqui no Rio, existe uma cultura bélica de vários anos, e o traficante, para ser bem visto na facção, tem que estar muito bem armado – diz o titular da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), Marcus Vinicius Braga.


– O traficante gasta quase 50% do que arrecada em armas. E tudo isso ele faz exclusivamente para defender seus territórios de ataques dos grupos inimigos. Na Zona Sul, pelo poder aquisitvo, o papelote de cocaína custa cinco vezes mais do que na Zona Norte. A Rocinha é a mais rica, com certeza – completa.






Outras minas






Depois da Rocinha, os morros Pavão-Pavãozinho e Cantagalo são os mais rentáveis da Zona Sul. Eles reúnem de 50 a 60 homens, armados com 30 a 40 fuzis. As bocas-de-fumo venderiam 1 quilo de cocaína por dia, e o faturamento mensal giraria entre R$ 2 milhões a R$ 4 milhões.






Dominada pela mesma facção, o Comando Vermelho (CV), a Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, sofreu influência direta da pacificação no Dona Marta ao receber bandidos refugiados. Hoje, contaria com 50 homens, 20 a 30 fuzis e movimentaria por mês de R$ 500 mil a R$ 1 milhão.






Sem precisar quanto essas favelas do CV arrecadavam no passado, a polícia informou que suas quadrilhas estão em crise. Segundo o delegado Marcus Vinicius, um dos motivos é que não ofereceriam droga de boa qualidade.






– Hoje, elas perdem para Acari (Zona Norte) e Coreia (Zona Oeste) – afirma.






Um agente da Dcod afirmou que o problema é que os chefes não estão à frente dos negócios.






– No Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, o Juca Bala está com câncer. No Tabajaras, o Ronaldinho foi preso. Afastados, os donos querem receber de uma vez só quantias de até R$ 80 mil. Não sobra nada.




Segundo ele, os traficantes teriam uma margem de lucro mensal, que corresponderia a um oitavo do que é arrecadado.




Abastecida pela Rocinha, a Cruzada São Sebastião, no Leblon, consegue arrecadar entre R$ 500 mil a R$ 1 milhão. As bocas-de-fumo venderiam meio quilo de cocaína por dia. Tomada recentemente pela ADA, a favela, no entanto, não é bem armada.




– Se tiver um fuzil ali, é muito. Não podem ter muitos porque é fácil de pegar – ressalta um policial da Drae.




Nas favelas policiadas pelo 2º Batalhão (Botafogo), a maior preocupação é com o Morro Cerro Corá, no Cosme Velho. O bando tem tradição de praticar roubos e contaria com 80 integrantes. São dez fuzis, segundo o delegado Marcus Vinicius. Os pontos de venda de drogas movimentariam entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão.




Para a polícia, o Santo Amaro, no Catete, faturaria a mesma coisa que o Cerro Corá, mas a quadrilha é menor. Seria de 20 a 30 homens e os fuzis não passariam de seis.



Próximo do Santo Amaro, o Morro Azul, no Flamengo, não teria fuzis, apenas pistolas e revólveres, segundo o comandante do 2º BPM (Botafogo), tenente-coronel Roberto Gil. Entretanto, como sofre influência direta do Morro do São Carlos, no Estácio, e da própria Rocinha, a comunidade faturaria até R$ 2 milhões mensais.



– Nas favelas daqui, não há o perigo de haver guerra. Por isso, eles não ficam exibindo armas. Mas a venda e o consumo de drogas são intensas – afirma o oficial.



18:08 - 26/09/2009



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