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quinta-feira, 10 de junho de 2010

RIO NO COMBATE AO CRACK


Caminho certo contra o crack


UM ALENTO A NOTÍCIA


JB



De que o governo do estado, conforme publicou ontem o Jornal do Brasil em sua manchete de capa, transformará o hoje desativado Hospital São Sebastião, no Caju, em um centro de referência no tratamento de dependentes do crack.

O anúncio chega 19 dias depois da divulgação do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, pelo governo federal, e menos de uma semana após o lançamento da campanha do JB contra as drogas.


A reativação do hospital deve ser elogiada por apontar para uma mudança na condução da difícil questão das drogas pelo Estado.

A dependência química deixa de ser abordada exclusivamente como um problema de segurança e passa a ser enfrentada também como um problema de saúde pública.


O vício da drogas está entranhado em todas as classes sociais. Destrói estruturas familiares e atinge tanto pais quanto filhos.

Recentemente, veio à tona o caso da mãe solteira que batia nos três filhos e passou a vender os móveis da própria casa para sustentar o vício, até que, por fim, houve a intervenção do poder público.

Quanto tempo levará esta mãe para se recuperar?

Como e sob que cuidados ficarão seus filhos durante o tratamento?

Qual a possibilidade de que o núcleo familiar se restabeleça?

As drogas atingem pobres e ricos, mas são mais cruéis com os primeiros, pois já encontram um tecido social esgarçado, um estado de anomia, uma situação diferente dos estratos mais abastados, que têm recursos para pagar uma clínica particular e um ambiente familiar de apoio ao dependente químico.


Neste sentido, mais importante ainda é a decisão do governo estadual de fazer do São Sebastião, antes especializado em doenças infecciosas, um lugar com capacidade para abrigar até 40 pacientes entre 10 e 17 anos de idade viciados em crack.


Pelo baixo custo, o crack, como se sabe, tem se disseminado entre as camadas de baixa renda.


São elas que serão as mais favorecidas pelo projeto, que vê o dependente químico como um doente a ser cuidado, e não um criminoso.

A mudança de foco é essencial.

Leva respeito e cidadania a populações acostumadas a serem responsabilizadas por mazelas das quais não são culpadas, porém vítimas.


Com seu comportamento, o usuário, obviamente, estimula o tráfico de drogas, mas, a partir de certo momento, pelas próprias características viciosas do produto, ele é cooptado para um consumo sistemático, que sustenta uma indústria ilegal e criminosa.


Esse comércio movido a violência e barbárie é que deve ser combatido com toda energia e inteligência pelas forças de segurança pública.


O problema é complexo. Mas o fato de os secretários estaduais de Saúde, Educação e Segurança estarem envolvidos, numa ação integrada, já é um indicador de que o programa está no caminho certo.


Vício deixa de ser tratado como assunto de polícia e torna-se problema de saúde pública.

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