Enviado por Guilherme Amado -
2.12.2009
7h00m
2.12.2009
7h00m
Crime organizado
Numa resposta à declaração do secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, de que a Polícia Federal é omissa no combate ao tráfico de armas e drogas, a PF deflagrou na tarde de ontem a operação Bicho Solto, de combate ao jogo do bicho, com a apreensão de 63 bancas em todo o estado, 15 delas na capital.
Segundo o delegado regional da PF de combate ao crime organizado, Clyton Eustáquio Xavier, a presença de pontos do bicho próximos a delegacias de Polícia Civil, a batalhões da PM e ao prédio da Secretaria de Segurança foi determinante para a operação:
— O objetivo foi munir a instituição de informações sobre os grandes banqueiros do bicho no estado.
O estado tem que fazer a sua parte, porque eles são verdadeiras organizações criminosas.
A crítica de Beltrame, de que a PF estaria se omitindo de sua responsabilidade no combate ao tráfico, foi feita após os conflitos no Morro dos Macacos.
O Ministério Público Federal (MPF) chegou até a instaurar um inquérito civil público para investigar a suposta omissão.
Segundo a PF, foram colhidos depoimentos de 73 pessoas, mais tarde liberadas.
Os agentes federais apreenderam apontamentos e 103 máquinas caça-níqueis, 80 delas só no Rio.
— A exploração do bicho e de caça-níqueis é a causa de grande parte dos problemas de criminalidade do Rio, já que é uma fonte de alimentação financeira — afirmou o delegado.
A PF também agiu em Nova Iguaçu, Magé, Niterói, Macaé, Campos e Volta Redonda.
As informações apuradas serão enviadas para o Ministério Público estadual.
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