GOLPE NOS IDOSOS . . . C U I D A D O !

GOLPE NOS IDOSOS . . . C U I D A D O !

VAMOS BUSCAR !

VAMOS BUSCAR !


quarta-feira, 4 de agosto de 2010

MORTE OBRIGATÓRIA: ATINGE O CONTRIBUINTE E O OPERADOR DE SEGURANÇA PÚBLICA

Enviado por Fernando Torres - 4.8.2010
1h02m

SEM PACIFICAÇÃO

Morte Obrigatória: UPP é sonho distante para áreas com mais homicídios







Antônio dos Santos Filho, de 42 anos, foi morto a tiros. Sargento, ocupava funções internas no 1° BPM (Estácio).

Terminado o expediente do dia 7 de janeiro de 2009, passou na farmácia e comprou fraldas para o filho. Não conseguiu entregar. Foi assassinado às 20h30m, na Rua Roberto Harley, em Gramacho, Duque de Caxias. Seu papel era proteger a vida, mas ele morava na Área Integrada de Segurança Pública (Aisp) 15, onde não há territórios de paz.

Em Caxias, assim como nas Aisp 7 (São Gonçalo), 9 (Rocha Miranda e arredores) e 20 (Mesquita, Nova Iguaçu e Nilópolis), registrar mais de um homicídio por dia não é o bastante para sonhar com a chegada de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). O Rio de Janeiro tem dez destas. Nenhuma nas áreas com os maiores índices de mortes violentas do Estado.



Desde o domingo, a série de reportagens Morte Obrigatória vem mostrando a realidade da violência, nestas quatro zonas fluminenses, onde ocorreram mais de 365 homicídios nos últimos 12 meses. Apontadas pelos números como as mais perigosas, essas Aisp são deixadas de lado, segundo a socióloga Julita Lemgruber, porque o projeto de pacificação tem ignorado as favelas do subúrbio e as outras cidades da Região Metropolitana do Rio.



— Até agora, a UPP chegou, basicamente, a comunidades que têm, em seu entorno, a população de classes média e alta, que mora em Copacabana, Botafogo, Tijuca, Ipanema, Barra da Tijuca e Jacarepaguá. Isso gerou uma onda de apoio muito grande, pois ali estão os formadores de opinião.

A gente deve apostar nas UPPs, mas os critérios precisam ser ajustados — disse Julita, diretora do Centro de Estudos em Segurança Pública da Universidade Cândido Mendes (CESec).




A Secretaria Estadual de Segurança (Seseg) afirmou que o objetivo da UPP, teoricamente, não é a redução dos índices criminais, mas a retomada do território dominado pelo tráfico. Contudo, na prática, os números mostram que a presença maciça e constante de policiais militares contribui para a diminuição dos homicídios.

Na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio, entre os meses de novembro de 2007 e 2008, foram registrados 34 assassinatos. Com a instalação da UPP na comunidade, o ano seguinte teve seis casos. No Morro Dona Marta, em Botafogo, Zona Sul, em uma comparação dos mesmos períodos, houve redução de três para nenhum homicídio.



— É lamentável porque, de um lado, estão pessoas aliviadas, que têm sua segurança sendo garantida pela permanência da polícia. Já nessas quatro Aisp, o domínio armado de vastos territórios contribui para a manutenção desses índices alarmantes de homicídios — ressaltou Lemgruber.



Nenhum comentário:

Postar um comentário