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domingo, 15 de agosto de 2010

EDUARDO PAES E FERNANDO WILLIAM, INCOMPETÊNCIA NO AMPARO A TERCEIRA IDADE

Faltam abrigos para idosos

Com inquérito concluído, Ministério Público dá ultimato para município criar mais 500 vagas e promete ir à Justiça

POR THIAGO FERES
O DIA


Rio - O Ministério Público (MP) Estadual dará um ultimato ao prefeito Eduardo Paes antes de ir à Justiça para garantir aumento da capacidade de acolhimento dos abrigos municipais de idosos. Há 7 meses, o MP recomendou criação de 500 novas vagas para pessoas da terceira idade e, desde então, vem cobrando que a medida seja colocada em prática.

No período, a prefeitura inaugurou só dois novos abrigos — com 50 vagas, todas já ocupadas —, chegando ao total de 345. Inquérito do MP apontando a insuficiência está pronto e deverá ser levado à Justiça. “A saída deve ser mesmo na esfera judicial”, acredita a promotora de Justiça e Proteção ao Idoso Eliane Belém.





Abrigo de Bangu tem capacidade máxima para 24 idosos, mas está hospedando 30. Camas amontoadas representam risco de acidentes
Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia

“Cansamos de receber relatórios determinando acolhimentos. Não há vagas. O município precisa agir com rapidez”, alerta o também promotor da área Wagner Sambugaro.

Há uma semana, a peregrinação de Antônio Peranci, 90 anos, por um lugar para dormir chamou atenção para o problema. Encontrado pelo tenente do 1º. BPM (Estácio), Leonardo Pacífico, no Túnel Martim Sá, no Centro, passou por 5 instituições antes de chegar ao Abrigo Municipal Dina Sfat, em Bangu, onde permanece.



“Nossa capacidade é para 24 idosos, mas estamos com 30”, admitiu a diretora da casa, Vilma Arruda. Só no quarto masculino, são 17 camas, o que prejudica a circulação e aumenta o risco de acidentes. O Centro de Acolhimento Maria Vieira Bazani, no Recreio, também está superlotado. “Temos 36 pessoas, oito além do limite”, confessa uma funcionária.

Embora a situação em Bangu não seja ideal, Antônio se diz bem-tratado. “Estou bem e feliz. Minha esposa não tinha tempo para mim. Ficava muito sozinho. Desde que cheguei aqui, ela não me procurou”, conta.



O Ministério Público instaurou inquérito para apurar omissão da Secretaria de Assistência Social no caso. O Centro de Recepção Carlos Portela, no Centro, onde Antônio deveria ter passado por triagem, não funciona nos fins de semana.

O subsecretário de Assistência Social, Carlos Augusto de Araújo, prometeu 120 novas vagas até o fim do ano. Ele espera alcançar o pedido de 500 lugares em 2012.



Seis denúncias por dia de violência contra a 3ª idade



Casos de maus-tratos e violência lideram o ranking de denúncias contra idosos, segundo dados do Disque-Idoso da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Com 30% de sua população na terceira idade, é de Copacabana que mais partem os telefonemas para o 0800-023-9191. Centro e Campo Grande são os bairros que vêm logo a seguir. Nos últimos dois anos, foram 2.500 ligações para o serviço, sendo 90% relacionadas a maus-tratos, mais de seis denúncias por dia.



“A maior parte de toda essa violência ocorre dentro de casa. Por isso, muitos acabam deixando seus lares e vão morar na rua”, explica o presidente da Comissão do Idoso, deputado estadual Mário Marques (PSDB). A Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade (Deapti) contabiliza, de janeiro a julho deste ano, 433 registros envolvendo idosos, num total de 4.577 atendimentos. No mesmo período de 2008, foram 355 registros e 3.241 atendimentos. “Estamos numa crescente”, observa a delegada Catarina Santos.



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